domingo, 21 de agosto de 2016

Jorge

A "Jorge" nasceu texto primeiro. Não tinha melodia. Era um texto que escrevi em um dos meus tantos cadernos, onde escrevo pensamentos que funcionam quase como um diário. Lá estava a "Jorge" esperando para virar música.
Antes da versão do link abaixo, teve outras versões, com outros arranjos e caras, mas no CD "Unni", ela está alegre. Mais alegre do que sua essência sugere.
Sua história é sobre um amor adolescente que durou alguns anos e tornou-se um amor da primeira fase adulta também. Um amor que durou muito. Teve semente e tudo. Mas quando germinou, foi cortado logo em seguida. Germinou cedo demais, clandestinamente demais. Tornou-se até algo preocupante, pelas suas consequências, ou inconsequências. Deixou até cicatriz. Mas teve sua beleza; e por ter essa beleza, virou música.
Segue o link da "Jorge" no Spotify.




sexta-feira, 29 de julho de 2016

Perfeita pra Você


Iniciando a série de postagens sobre as músicas do CD Unni aqui no blog, vou falar sobre o nascimento de cada uma delas na mesma ordem do álbum. A postagem de abertura é sobre a música Perfeita pra Você.

A "Perfeita pra Você" tem características de primeira em tudo. É a primeira do CD, nasceu com a primeira frase, ainda sem melodia "eu sou a soma de tudo que eu tenho e de tudo que me falta..."
Ela foi também a primeira a ganhar um clipe e vai ser a primeira a ser traduzida, por assim dizer, nesta lista de músicas a serem "contadas". Pois cada uma é - além de uma canção - também um conto.

Eu a escrevi pensando no que somos. Somos diferentes a cada momento, ainda que não percebamos isso tão nitidamente. Uma nova palavra, um novo ponto de vista, uma nova ideia, uma nova esperança. "Tudo muda o tempo todo no mundo", já disse Lulu Santos. E somos assim também: mudamos, até o final. Não vai existir o momento em que você vai estar completamente pronto pra alguém. Nem alguém vai estar completamente pronto pra você.

Falando de um amor romântico, são duas pessoas que se encontram em um determinado momento das suas vidas e elas se encaixam, com suas perfeições e imperfeições. Eles dois colaboram um para a evolução do outro. São, dessa forma, perfeitos um para o outro.

Um grande amigo meu ouviu a música e propôs fazermos um clipe, com os recursos que tínhamos, com praticidade, alegria e muita vontade. E então, de uma conversa nasceu este clipe feito entre amigos. Um presente que ganhei de uma pessoa muito querida, o Khris Taylor. Pois a Perfeita pra Você é ainda mais abrangente: ela fala de qualquer relacionamento. Amizade é um deles. E se trata sempre de duas pessoas em transformação que se encontram em um determinado momento para transformarem também uma à outra.

Eu me sinto transformada por cada uma das pessoas que participaram do processo de nascimento, construção e acabamento dessa música. A produção é de Rodrigo Lemos, ex Banda Mais Bonita da Cidade, o Lemoskine. As gravações foram feitas em Curitiba no estúdio AudioStamp com o Virgílio Milléo, e a mixagem e masterização foram feitas no Rio de Janeiro, por Jafi Augusto e Ricardo Garcia, respectivamente.

Com vocês, a Perfeita pra Você:

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O significado da palavra Unni

Para começar - ou recomeçar - vou explicar o porque do nome Unni.

"Unni es coreano, y significa hermana mayor, aunque se usa entre amigas también, para referirse a una amiga mayor." (fonte: palabrita.net)

Tradução: Unni é coreano e significa irmã mais velha, ainda que seja usado entre amigas também ao se referirem a uma amiga mais velha.

A explicação acima se encaixa perfeitamente naquilo que sou para os meus irmãos: a irmã mais velha. E também no que sou para alguns dos meus amigos. Né Lipe?

Mas existe uma tradução da palavra Unni que aprendi nas leituras e práticas do Yôga que foi a que me prendeu a atenção e com a qual eu me identifiquei desde um início:

"Em sânscrito, unni significa liderar, resgatar, erigir, plantar, levantar, exaltar, engrandecer, edificar, construir, montar, estender, avançar, pôr diante, desembaraçar, causar, determinar, ajudar, promover." (fonte: uni-yoga.org)

Na versão para computador, vocês têm no final da página a opção "Receba novos posts", que permite incluir seus emails na lista do blog e receberem minhas atualizações na sua caixa.

Sintam-se livres para comentar, quando assim quiserem. Sempre haverá alguém que queira dizer algo relevante, incluir alguma idéia ou pensamento, fazer uma observação ou acrescentar um dado. E será uma grande troca, pois além de escrever pra vocês, também quero aprender com vocês.

Um grande abraço,

Maricel

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O blog voltou

Tive uma ideia, ao reativar o blog. Vou falar de trabalho, contar a história de uma música do Unni por vez e temperar com textos livres.

Este é meu texto livre de hoje, para celebrar a reinauguração da casa.

Pensei em omitir todos os textos mais antigos, mas decidi deixar alguns por enquanto. Afinal, eles são provas da mudança e da evolução. E provas também, por outro lado, de que há certas características que temos que não mudam nunca.

Assustadoramente as coisas se tornam passado. Favoravelmente também. Nunca o passado é melhor que o presente, porque só no presente podemos fazer tudo do jeito que queremos. E isso é excitante, não é mesmo?

Os textos livres são o exercício da minha vontade de falar sobre assuntos variados, que, dentro da sua banalidade ou expressão despretensiosa, guardam algo de importante pra ser postado. Nem que seja pra registrar ideias momentâneas, não fixas. Sim, porque mudamos. Sempre aprendemos a vestir alguns trajes comportamentais que antes ignorávamos ou não considerávamos importantes.

Se além do blog existem outras novidades? É claro que sim! Mas sobre esses assuntos vou falar em outros posts. Hoje, aqui neste texto, só vim saudar a reativação da fábrica de palavras.

domingo, 5 de dezembro de 2010

O dia em que acordei

Este texto foi escrito em setembro de 2010. Postei e voltei a esconder algumas vezes, por medo de ser julgada. Minha mãe leu e me disse que não deveria escancarar esta história. Pensei muito, e não consigo encontrar um motivo forte que me faça escondê-la. Pelo menos não agora.

Fiquei com vontade de contar um pouco da minha história... Tenho vontade de relatar certas situações da minha vida para, quem sabe, servir de motivação ou conforto para alguém que já tenha passado pelo mesmo, ou que esteja passando por isso.

Algumas pessoas sabem que eu fui casada e tenho um filho desse casamento. Na verdade, não casamos... moramos juntos por seis anos. Terminamos este ano, 2010, dia 12 de junho, dia dos namorados. No dia em que a maioria dos casais estava comemorando, o pai do meu filho me agrediu, mais uma vez, física e moralmente. Pela última vez.

Sim, isso já tinha acontecido antes... e muitos se perguntam porque eu continuei com ele depois da primeira vez que ele me agrediu. Eu respondo: porque estava apaixonada. Porque não queria voltar para a casa da minha mãe. Por que queria que meu filho crescesse com seu pai ao lado. Porque achei que ele fosse mudar...

Não estou aqui para discutir os fatores psicológicos que levam um homem a agredir uma mulher, nem para tentar justificar minha insistência em uma relação-bomba. Estou aqui só para contar esta história.

Antes de me separar dele, me certifiquei de que poderia criar meu filho sozinha, que poderia pagar as minhas contas, que eu estava preparada para enfrentar o mundo. E foi o que fiz: Comecei, por indicação do meu irmão, a trabalhar como corretora de imóveis, pois dar aulas de inglês e espanhol ou fazer shows não era o suficiente para que eu assumisse esse risco naquele momento. Não que ele sustentasse a casa, mas sempre vivemos com a ajuda dos nossos pais, o que para mim não era justo, nem o correto. Eu precisava pagar minhas próprias contas, e queria muito fazer isso sem ele. Consegui engrenar na corretagem, fiz algumas vendas, paguei o conserto do carro, comecei a pagar pela master do primeiro CD que gravei - e que ficou retida com o empresário que bancou a gravação - assumi as contas da casa, me dei o luxo de comprar roupas para mim que há tempos eu não comprava... me dei o luxo de viajar, de gastar relativamente bem com pequenas vontades que eram minhas e que ele não podia satisfazer. Ele começou a se sentir mal por isso... a sentir que eu estava deixando ele de lado, começando a ganhar muito mais que ele, iniciando uma vida da qual ele não conseguia fazer parte, não aceitava, não compartilhava. Ele, que sempre me teve por perto tratando de diminuir a todos meus amigos, os músicos com quem eu convivia, as pessoas que me faziam bem... ele que sempre me teve por perto sugando minha energia... ele me viu começando a viver de novo, e isso o incomodou. Foi aí que ele explodiu. Por um motivo pequeno, resolveu descontar toda a sua frustração de uma só vez. Me jogou no chão, tentou me sufocar, jogou o peso do próprio corpo sobre mim, disse que iria me matar. Me xingou de muitos nomes que nem me lembro, me segurou forte no rosto e disse que eu o estava humilhando. Me humilhou e agrediu porque disse se sentir humilhado por mim. Me deixou uma marca que parecia um soco... era a marca dos dedos dele apertando forte meu rosto. Tão forte, que chegou a ficar roxo logo em seguida. Ele chegou a perguntar se foi ele mesmo quem fez aquilo. Ele não lembrava...
Quando meu filho, que dormia no quarto ao lado, acordou, veio no meu colo, viu a marca e perguntou se era o pai dele que tinha feito aquilo, eu decidi que não podia mais aguentar aquela situação. Decidi ali que era o fim daquele relacionamento.

No dia seguinte, eu tinha o lançamento de um produto importantíssimo na empresa onde trabalhava, a Cyrela. Era o lançamento do primeiro empreendimento comercial da Cyrela em Curitiba. Não podia faltar. Fui com a marca no rosto. Todos me perguntavam o que era aquilo... eu criei a desculpa da porta no carro que bateu no meu rosto num erro de cálculo meu ao fechar... todos fingiam que acreditavam. Eu fingia que estava tudo bem... por dentro, estava destruída. Não só pela vergonha, mas também pelo medo do futuro. O empreendimento comercial era um produto difícil de vender, muito mais complicado que um residencial... eu tinha alguns clientes para lá, mas consegui vender apenas uma unidade. Depois do que aconteceu, não consegui vender nenhuma sala comercial. Não sei dizer se era emocional ou se era o produto que foi complicado mesmo. Acho que foi tudo junto. Durante dez ou quinze dias, não lembro agora, fiquei com uma marca no rosto que passou por todas as cores do arco-íris: roxo com vermelho, violeta, azul, verde e amarelo com laranja. Obviamente não estava com a aparência mais agradável para atender clientes. E tenho quase certeza de que algumas vendas não se concretizaram por esse motivo. pois bem, não me sinto mal por isso... até me admiro por ter tido a coragem de enfrentar trabalho, colegas, clientes, família, espelho e vida inteira pela frente com a marca que fosse no rosto e sinceramente: foda-se. Eu estava livre. Me livrei de um vampiro que usava máscaras de gentileza no dia-a-dia para me confundir... que dizia que me amava, mas me maltratava. E na verdade, quase diariamente. Com pequenas doses verbais de maltrato. Quando não mais conseguia me atingir, partia para o físico. E assim foi, durante seis anos. Eu venci.

Assim como venci muitas outras dificuldades na minha vida, essa foi mais uma. Tenho vencido, pois ainda estou em batalha. Sobretudo, estou LIVRE! Enquanto eu estiver com saúde, força, trabalhando, compondo, cantando, gravando, VIVENDO, e tudo isso com meu filho do meu lado, nada, mas nada mesmo importa. Meu filho e meu sonho são tudo pra mim... NADA MAIS ME ASSUSTA.

Se tenho medo? Pô... claro que tenho... mas a coragem é maior ainda.

Depois do que aconteceu, fiz denúncia na delegacia, abri processo contra ele, fui fazer exame no IML... segui todo aquele esquema. No início fiquei um pouco envergonhada por estar passando por tudo aquilo... depois percebi que não era a única, e pude dividir a minha história com outras mulheres... algumas que tinham passado por coisa muito pior. Algumas que viviam em infernos muito mais quentes que o meu.

Eu decidi que iria deixar de viver nesse inferno no dia dos namorados de 2010. Nesse dia, entendi que existia um mundo inteiramente novo lá fora me esperando para ser descoberto. Um mundo onde eu estivesse melhor comigo mesma, me descobrindo a cada dia, valorizando novamente a mulher, a artista, e, sobretudo, a humana que eu sou.

Venho superando todos os dias as marcas que ficaram aqui dentro... ainda nem fiz uma música para tudo isso porque ainda é muito recente. Agora mesmo eu tô chorando... foi difícil. Tem sido difícil. Mas eu tenho vencido cada dia um pouco mais, e isso me mostra o quanto sou forte, e como me fez bem tomar a decisão de viver a minha vida de verdade.

Vale a pena se separar de alguém que não vale a pena.

É difícil se despir assim... mas sinto que foi preciso contar um pouco sobre mim para quem quisesse ler e me conhecer mais.

Quais são meus planos? Desejo MUITO ir para São Paulo e para o Rio... mostrar para o Brasil a minha música. Só não sei exatamente como vou fazer isso. Talvez até mesmo dentro da corretagem... não sei. Sinto que é muito possível que isso aconteça. Sinto como uma realidade futura, que vejo de verdade. Consigo imaginar as ruas, as situações... sinto muito de perto o eixo Rio-São Paulo. Como se ali eu já morasse, já vivesse.

Já tentaram me apagar... já vivi com inimigos. Me separei deles, e até perdoei... não esqueci. Perdoei. Lembro muito bem dos nomes e dos motivos. Disso não esqueço nunca. Mas perdoar é libertador.

Viver de verdade, é mais libertador ainda. Sentir nas entranhas (já contradizendo um trecho da Nada Mais), muitas vezes é preciso sentir nas entranhas... ali está a verdade dos sentimentos. Alguns são tão poderosos que vêm acompanhados de cheiros e datas. Pois então, esse será o dia dos namorados do qual eu nunca mais vou me esquecer... Será o dia dos ACORDADOS para mim. Para sempre.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

E-mail do Gil

Então... mesmo com a sua timidez, o Gil me autorizou a postar o seu email aqui no blog... que bom! Pois uma mensagem assim, tão querida e bem escrita, não poderia ficar escondidinha.


Olá Maricel!



Primeiro quero me desculpar por usar o e-mail e não o facebook ou outra maneira "pública" para escrever para você, acho que é minha maldita timidez...

Gostaria que você soubesse que estou muito feliz e orgulhoso por ter sido convidado a participar de seus espaços virtuais, você não imagina como estou contente.



MÚSICAS
Desde que tive o primeiro contato com suas músicas fui tocado profundamente, elas viraram minhas "músicas de cabeceira". Suas canções tem o poder de entender e tocar a alma, e eu virei fã incondicional, daqueles que acompanham sua trajetória, que torcem, que vibram, que contam os dias para o próximo show...

Mas eu tenho paixão por uma música em especial: "Até depois da vida", que já ouvi 32.428 vezes! (brincadeira!! devo estar na 5.132º vez, mas eu chego lá :)



DIVULGAÇÃO
Hoje eu sou um divulgador incansável de seu trabalho, principalmente porque acredito no seu talento, na sua garra e na sua vontade de fazer cada vez melhor. E a maneira que eu encontrei de fazer isso foi mostrar suas músicas para meus amigos e conhecidos. Tenho algumas que baixei para meu celular e sempre que posso, e até quando não poderia ou não deveria, eu mostro.



MEU CÍRCULO DE AMIZADES
Eu participo há muitos anos de trabalho voluntário com jovens pré-adolescentes (têm hífem? já não sei mais...), e adolescentes, e também com adultos para os quais eu dou palestras em cursos específicos para quem quer iniciar no movimento. E em todos estes cursos do qual participo, que acontecem a cada dois meses, eu levo o violão e toco. E eles adoram e perguntam: que música é esta? quem canta? quem toca? onde compro o cd? quando vai ter show? etc... e eu falo de você, conto tudo e digo que é minha amiga virtual (caramba! estufo o peito para dizer isso! me encho de orgulho!) que é uma pessoa sensível e que suas canções embalam minha vida...



Neste mês de janeiro que passou, estive em Foz do Iguaçú num acampamento nacional onde estiveram presentes aproximadamente 5.000 pessoas (algo em torno de 3.700 jovens e 1.300 adultos de todo o Brasil), e eu não pude perder a oportunidade de mostrar suas músicas. Lógico que não foram para todos, não sou tão popular assim, mas a noite, na porta da barraca, juntava algumas pessoas para ouvir e muita gente ouviu suas músicas!



VIOLÃO
Esta foi a maneira que encontrei de espalhar suas canções ao maior número possível de pessoas, tocando violão (que eu engano um pouco...)

E uma vez você me passou por e-mail algumas letras e seus acordes, que eu insisti até conseguir tocar...

Eu acampo com jovens e alguns adultos pelo menos uma vez por mês, e sempre levo o violão, porque a noite, depois das atividades noturnas e do fogo de conselho, é hora de sentar ao lado da fogueira e cantar... e acredite, minha tropa está cantando Maricel Ioris!! eles adoram, e como eu disse, são jovens na faixa de 11 a 15 anos.



PEDIDO
As músicas que você me passou eu já aprendi a tocar, mas tem uma em especial que eu gostaria muito de tocar. Eu já tentei tirar de ouvido mas meus conhecimentos técnicos-musicais-científicos-filosóficos não me permitiram.

Adivinhe qual é a música? isso mesmo "Até depois da vida".

Então vou fazer um pedido e gostaria que você se sentisse completamente a vontade para negar, por qualquer motivo e sem explicação, eu vou entender perfeitamente...

E isso em nada, nada mesmo, irá diminuir o carinho e a admiração que eu tenho por você. Gostaria muito de ter os acordes e a tablatura do riff desta música. Seria algo como uma realização pessoal, poder tocar esta música, que tanto diz para mim...



Então é isso Maricel, espero que você esteja bem e em paz, e que os deuses iluminem sempre seu caminho.



Beijos

Gil


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Eu já disse a ele, mas repito aqui:

Gil, é por pessoas como você que eu continuo SEMPRE em frente!

Já passei as cifras da Até Depois da Vida a ele por email... acho também essa música de uma sinceridade e uma força incríveis... mas sou suspeita para falar, né?

Beijos e abraços,

Maricel.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

El Arte de la Prudencia

Hay que usar los medios humanos como si los divinos no existieran, y los divinos como si no existieran los humanos.

San Ignacio de Loyola (1491 - 1556)

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Eu gosto de todas as formas de expressão.